domingo, 20 de setembro de 2009

Exército diz que falta verba até para comida e reduz expediente

O Comando do Exército afirmou ontem que a corporação carece de recursos para o pagamento de água, luz, telefone e alimentação e explicou que as medidas restritivas, como a redução do horário de expediente nas segundas e sextas-feiras, são consequências do congelamento de R$ 580 milhões feito pelo governo.

“[A] economia nos gastos com água, luz e telefone está prevista para todo o Exército até o dia 30 de outubro do corrente ano, na expectativa de que as gestões do Ministério da Defesa com a Secretária de Orçamento Financeiro gerem o descontingenciamento desses recursos”, afirma nota do Exército.

Ontem começaram a vigorar as medidas que, diz a nota, valem para todos: do taifeiro de segunda-classe até o general de Exército. Na segunda-feira, o expediente vai começar só depois do almoço; na sexta, vai terminar antes dele.

Procurada, a assessoria do Ministério do Planejamento não se manifestou até a conclusão desta edição.

Apesar de recentes investimentos militares do governo Lula terem como alvo a Marinha, que vai adquirir novos submarinos, e a Aeronáutica, que se prepara para renovar sua frota de caças, o Exército é o que, até o momento, mais executou seu orçamento.

Até a semana passada, foram gastos R$ 13,3 bilhões.

E o Exército, de longe, é o que tem a maior dotação orçamentária entre as três Forças – R$ 22 bilhões, ante R$ 12,7 bilhões da Marinha e R$ 11,9 bilhões da Aeronáutica – estão incluídos nessas cifras os gastos com pessoal e encargos sociais, maior fatia do bolo.

(Folha de S.Paulo)


Comentário do PAINEL DO PAIM:

Como é vezo, a grande imprensa cumpre, à risca, o seu papel de desinformar.

A sua comparação relativa à dotação orçamentária, é inadequada e, até mesmo, tendenciosa, pois não leva em conta, a diferença de efetivo, o número de bens imóveis e a quantidade de equipamento, cuja manutenção é indispensável.

Sem falar da diferença das verbas destinadas à manutenção do "estatus quo" do Exército, avulta-se a necessidade da substituição do material bélico que, além de obsoleto, em razão da data de fabricação, se acha bastante sucateado, devido ao seu constante manuseio, indispensável ao treinamento dos quadros e dos conscritos.

O surgimento do Brasil, como uma verdadeira potencia internacional, está a exigir o um melhor equipamento das nossas Forças Armadas, a fim de que possa bem cumprir o sua destinação constitucional.

Embora sejamos um país de tradição pacífica, urge possuirmos uma força bélica, correspondente à nossa posição econômica, a fim de melhor exercer seu papel dissuassivo.

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